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Publicado em 22 de Janeiro de 2013 11:06

Projeto Crescer

Publicado por Augusto Bernardo Sampaio Cecilio Expirado

Vem de Itajaí, Santa Catarina, o belo exemplo de prática social implementado pelo Projeto Crescer, que nasceu em 06 de junho de 2006 com a finalidade de desenvolver as potencialidades de adolescentes e jovens entre 16 e 18 anos em situação de vulnerabilidade social, proporcionando a estes condições de participarem na sociedade como profissionais e como cidadãos. Desta forma, como profissionais, viabilizando sua formação através de cursos de capacitação para a inserção no mercado de trabalho, conquistando seu primeiro emprego nas diversas áreas do mundo empresarial e, como cidadãos, sendo estimulados a adotar novos hábitos e atitudes éticas de convivência. 

O Projeto fornece ferramentas para o crescimento, a formação e a possibilidade de uma vida mais estável, de integração junto à sociedade, de melhoria na convivência familiar e, conseqüentemente, do conjunto da comunidade, tendo sido concebido por se acreditar que o jovem, pelas limitações oferecidas no próprio meio em que vive, são desprovidos de iniciativas e manifestações, de modo que com as atividades oferecidas pelo projeto, terá condições de desenvolver atividades desafiadoras, colocando-os em situação de decisão, tanto individual quanto coletiva. 

O próprio Ministério do Trabalho e Emprego define a aprendizagem profissional como uma política pública de caráter permanente. Determinada pela Lei 10.097/00 e regulamentada pelo Decreto 5.598/05, ela torna obrigatória a contratação de jovens por empresas de médio e grande porte, permitindo sua preparação para o mercado de trabalho, iniciativa que amplia as possibilidades de inserção da juventude no universo profissional, barreira quase intransponível para milhares de brasileiros que não possuem qualificação. Através desta Lei, a cota de aprendizes está fixada entre 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, por estabelecimento, calculada sobre o total de empregos cujas funções demandem formação profissional, cabendo ao empregador, dentro dos limites fixados, contratar o número de aprendizes que melhor atender às suas necessidades. Com esta iniciativa todos ganham, pois a empresa pode formar seus colaboradores de acordo com o perfil que ela necessita, investindo em Responsabilidade Social, além de passar a contar com cidadãos conscientes de suas responsabilidades, daquilo que lhes foi confiado e da oportunidade conseguida, que foi a chance de uma primeira experiência como trabalhadores, munidos de direitos e deveres. 

Sem se acomodar, o Projeto lança uma campanha para informar os empresários das vantagens da Lei do Jovem Aprendiz. A legislação garante benefícios aos jovens e à classe empresarial, já que prioriza a regulamentação de adolescentes e jovens no mercado de trabalho, que são constantemente treinados e acompanhados pela respectiva organização não governamental na qual estão vinculados. O objetivo é mostrar aos empreendedores que a aplicação desta Lei vai além das obrigações impostas pela legislação, resultando no desenvolvimento de uma política de responsabilidade social do negócio, comprometida com a transformação social e, principalmente, na formação educacional dos jovens, que são os elementos fundamentais na composição de um mercado profissional mais qualificado e competitivo. 

Crescer. Crescer com a certeza de que, ao final das atividades do curso, o jovem terá condições para enfrentar as incertezas e reconhecer suas potencialidades, trabalhando e produzindo em equipe, sendo um profissional competente, favorecendo a auto-estima e a valorização pessoal, assim como perceberá o trabalho como valor moral humano, porque crescer significa intensificação, progressão, extensão, onde se desenvolve, se amplia e se prospera. 

* O autor é auditor fiscal de tributos estaduais da Sefaz e coordena o Programa de Educação Fiscal no Amazonas.

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